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quarta-feira, fevereiro 28, 2007

MEDICINA REPRODUTIVA

Kit de inseminação já originou uma gravidez

A clínica Espaço Fertilidade colocou à disposição dos utentes um exame inovador e inédito. O kit de inseminação intra-uterina (IIU) já gerou uma vida.
A boa-nova chegou esta semana à Clínica Espaço Fertilidade. O kit de inseminação intra-uterina - que está à disposição dos utentes há cerca de um mês - já originou uma gravidez. "Foi uma inseminação realizada por um médico assistente [de Coimbra] que pediu a preparação do esperma. Foi com muita satisfação que recebemos esta boa notícia”, contou ao DIÁRIO AS BEIRAS Teresa Almeida Santos, autora do kit.
A inovação deste novo exame reside no facto de permitir aos especialistas que efectuem, nos seus próprios consultórios, inseminações intra-uterinas (IIU) de espermatozóides previamente seleccionados. Com este novo conceito, o paciente pode deslocar-se (por indicação do médico assistente) ao Espaço Fertilidade para realizar a colheita de sémen o qual é de imediato processado, sendo-lhe fornecido um kit que inclui a amostra de esperma tratado e um catéter adequado para o efeito.
Este kit de IIU vai permitir ao médico realizar, no seu próprio consultório, a inseminação com espermatozóides dotados de boa mobilidade e que tenham melhor morfologia, concentrados num pequeno volume de meio de cultura, e com maior possibilidade de sucesso. “Assim se consegue uma taxa de gravidez de 15 a 20 por cento em todas as situações em que haja trompas permeáveis e em que não haja uma degradação muito grande de esperma”, garante a consultora da clínica Espaço Fertilidade. “Esta é, aliás, a primeira técnica que se deve fazer porque permite, de facto, sem grande invasão e sem grande agressividade, uma taxa de sucesso relativamente importante”. De acordo com Teresa Almeida Santos, quando a inseminação é feita com o esperma total (tal como é ejaculado), as taxas de sucesso são muito baixas. “Se vamos colocar o esperma total no interior da cavidade uterina há reacções de contracção do útero que acabam por eliminar os espermatozóides. Com esperma tratado aumentamos muito as taxas de sucesso mas isso exige um laboratório com condições adequadas para fazer essa selecção de espermatozóides”, esclareceu.
Até aqui, os médicos que pretendiam fazer uma inseminação intra-uterina (ou seja, colocar o esperma seleccionado no interior da cavidade do útero no momento da ovulação), poderiam fazê-lo se tivessem o esperma preparado no laboratório dos Hospitais da Universidade de Coimbra, o único que existe. “Portanto todos os médicos da cidade tinham que encaminhar as doentes para o hospital, perdendo assim o contacto”, frisa a médica. esta é outra vantagem do kit: o médico pode realizar a inseminação no Espaço Fertilidade ou no seu consultório sem haver quebra da relação com a paciente.
Desenhado por Teresa Almeida Santos, o kit de IIU é inédito no país e, ao que se presume, no mundo. “Nos EUA existem técnicas muito desenvolvidas, mas fiz uma pesquisa na internet e não encontrei nada semelhante. Pretendo, por isso, patentear este kit”, anunciou.
O Espaço Fertilidade pretende, “cada vez mais”, oferecer todo o tipo de serviços inovadores relacionados com o estudo e tratamento de situações de esterilidade, nas suas vertentes feminina e masculina. Inaugurada há cerca de um mês, a clínica já teve o seu primeiro caso de sucesso, ao ter conseguido “gerar” uma vida com o kit de inseminação intra-uterina.

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