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domingo, março 25, 2007

Vitaminas e Minerias

Também é da alimentação da mãe que depende o tamanho e a qualidade da placenta e a saúde do futuro bebé. Por isso, se está grávida ou quer engravidar, consulte o médico e, entre outras dúvidas e exames, informe-se acerca dos suplementos que deve começar a tomar. Antes da gravidez e até ao fim da amamentação.

Uma mulher grávida deve comer por dois? Não! Uma mulher que deseje engravidar ou que já está grávida deve, isso sim, comer para dois e isto significa tão-só que deve fornecer ao organismo todos os nutrientes de que necessita para si e para o desenvolvimento saudável do feto. Um princípio que, traduzido em calorias, quer dizer que, «durante a gravidez, a maioria das mulheres deverá adicionar entre 250 e 300 calorias à sua dieta diária». Este fornecimento calórico, suficiente para nutrir o feto em desenvolvimento, deve provir sobretudo de proteínas, embora a dieta deva ser equilibrada e incluir fruta fesca, cerais e verduras.
Se hoje é consensual que o regime alimentar da mulher, antes e durante a gravidez, influencia o tamanho e a qualidade da placenta e a saúde do futuro bebé, também se sabe que as necessidades de certos nutrientes são maiores durante a gestação. Acresce que a maioria das dietas que fazemos actualmente são deficientes em vitaminas e minerias. «Esta situação assume uma importância particular nas mulheres grávidas porque os bebés alimentam-se das suas mães», advertiu recentemente Louis Gerald Keith, professor de Obstrtrícia e Ginecologia durante um colóquio sobre A Mulher, a Gravidez e a Menopausa.
É por essas razões que as grávidas tomam suplementos de vitaminas e minerias. Para o professor da Escola Médica da Northwestern university, em Chicago, «a ingestão de alguns elementos essenciais, como o ácido fólico, magnésio, ferro, cobre, zinco e iodo, entre outros, tornam a gravidez mais segura porque permitem um desenvolvimento mais saudável e harmonioso do feto». Os obstretas recomendam a toma regular de um suplemento minerovitamínico preferencialmente desde o momento em que a mulher começa a planear a gravidez até ao final da amamentação. Conheça alguns nutrientes fundamentais cujo consumo deve ser reforçado por quem pensa engravidar ou já está à espera de um filho.
Ácido Fólico
O ácido fólico, ou folacina, é uma das vitaminas do chamado complexo B. Essencial para a divisão celular, formação de ADN (o material genético de todas as células), para a síntese de proteínas e produção de glóbulos vermelhos. A toma regular de ácido fólico, três meses antes de gravidez e durante toda a gestaçõa (mas principalmente nas primeiras 12 semanas), reduz o risco de o bebé vir a nascer com malformaçãoes congénitas do sistema nervoso, por exemplo a chamada espinha bífida. Por isso, além de aumentar a ingestão de alimentos ricos em ácido fólico (espinafres, bróculos, couves-de-bruxelas, frutos secos e leguminosas), os médicos costumam prescrever suplementos desta vitamina às mulheres que querem engravidar dentro de pouco tempo e a todas as gestantes.
Ferro
A mulher grávida produz mais sangue para alimentar a placenta e o feto, pelo que o ferro é um mineral essencial para que possa produzir mais glóbulos vermelhos. A sua carência pode originar anemias.
Para garantir im correcto fornecimento deste mineral, as grávidas devem ingerir carne, peixe, ovos, legumes verdes e fruta seca regularmente. Embora as chamadas miudezas, por exemplo o fígado, sejam ricas e, ferro, a ingestão destes alimentos é desaconselhada durante a gravidez porque têm um elevado tear de vitamina A que, em excesso, é prejudicial ao feto (por ser lipossolúvel, o excesso de vitamina A acumula-se no organismo, logo, a ingestão de noveis elevados desta vitamina exige apenas que se comam frutos e legumes, tais como a cenoura, pimentos, tomate, espinafres, alperces, ricos em betacarotenos, que o organismo transformará em vitamina A à medida que precisa). As mulheres que iniciam a gravidez com poucas reservas de ferro ou que ficam anémicas podem precisar de fazer suplemento deste mineral. Mas sempre de acordo com indicação médica, pois as ingestões elevadas podem provocar prisão de ventre ou compremeter a absorção do zinco (os doias minerias competem entre si).
Cálcio
A absorção de cálcio aumenta durante a grávidez mas basta uma ingestão diária de leite e derivados (iogurtes, queijo) em quantidades razoáveis para assegurar o fornecimento necessário ao organismo. O cálcio é muito importante para a formação correcta dos ossos e dos dentes do bebé e também é fundamental para preservar os dentes e ossos da mulher grávida. E se é verdade que o organismo vai buscar o cálcio de que precisa para o desenvolvimento do feto às reservas da mãe, também é verdade que mais tarde este acaba por ser reposto.
Lembre-se de que para o cálcio ser absorvido é necessária a vitamina D, que se encontra nos peixes gordos, nos ovos e numa variedade de alimentos enriquecidos, desde o leite aos cerais de pequeno-almoço.
Zinco
Por fim, o zinco, que também é fundamental para o crescimento do feto e para o desenvolvimento do seu sistema imunitário, pelo que deve ser assegurado pela alimentação da mulher grávida (encontra-se em carnes magras, cereais integrais, queijo e frutos secos). Em regra, as grávidas não tomam suplementos de zinco.
Agora tome nota: nunca deverá tomar vitaminas ou minerias sem antes falar com o seu médico. É que, se a carência de certos nutrientes pode prejudiciar a saúde do feto, o excesso também pode ser perigoso para o seu bebé.

Retirado da Revista Noticias Magazine#774

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