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terça-feira, agosto 21, 2007

Notificações de abortos são menos do que o esperado

O número de abortos já realizados no âmbito da nova lei é inferior ao esperado. Não chegará às quatro centenas no primeiro mês de vigência da legislação, uma quantidade reduzida que o presidente da Comissão de Saúde Materna acredita dever-se à sub-notificação própria de um período de férias.

De acordo com as contas de Jorge Branco, também director da Maternidade Alfredo da Costa, deveriam ter sido notificados 1600 casos, a acreditar nas previsões de 20 a 25 mil abortos por ano. "Foram notificados menos de um terço", disse o médico à Agência Lusa. "A sensibilidade que tenho é que há uma sub-notificação de casos, na medida em que a maior parte dos serviços tem muitos profissionais de férias e as partes administrativas podem ter-se atrasado algum tempo por causa das férias".

Até porque, só a Maternidade Alfredo da Costa já foi responsável por mais de cem interrupções voluntárias da gravidez, tendo havido seis mulheres que desistiram de abortar durante o período de reflexão.

Jorge Branco garante que "o número de intervenções não está sujeito a flutuações de época ou férias", pelo que, se não se tratar de uma sub-notificação devida à falta de pessoal, o reduzido número de abortos pode indicar que "há menos intervenções do que foi estimado" e que os abortos em Portugal "sejam em menor número".

De acordo com o responsável da Comissão de Saúde Materna, os casos de interrupções voluntárias de gravidez que ainda não foram notificados deverão estar regularizados em Setembro, quando os serviços já tiverem capacidade para terminar as comunicações à Direcção-Geral da Saúde. De qualquer modo, este organismo prepara a divulgação, na segunda-feira, dos números oficiais do primeiro mês de aplicação da lei (que entrou em vigor a 15 de Julho).

4 comentários:

Unknown disse...

Eles acham pouco...
quase 400 vidas que nao tiveram o direito de nascer porque nao devia dar jeito...
eu arrepio-e a ler estas coisas muito sinceramente...

enfim...beijinhos**

PM disse...

Imagina então o que sente uma mulher que sofre de infertilidade ao ler isto.... é triste, muito triste!!!!
Vivemos num pais com uma taxa de natalidade muito baixa, onde podes fazer um aborto de graça, mas pagas "couro e cabelo" para fazeres um tratamento de infertilidade!!!!
Ironico não?!!!
^Beijocas ENORMES para todas vocês

Cláudia disse...

PM a mamã vera (n.89 nas barrinhas) precisa de apoio... Se puderes dar uma forcinha...

Bjs

Gabriela disse...

Fico sempre de coração apertado cada vez que leio uma notícia sobre a aplicação da lei do aborto!
Estive tantos anos numa lista de espera para fazer um tratamento de infertildade na MAC e agora eles disponibilzam as camas, os profissionais e os meios para ajudar mulheres a matar os filhos??? Algo não está bem neste país!
Beijocas
Gabriela