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quarta-feira, setembro 05, 2007

Como encarar a Infertilidade



"Os especialistas aconselham os casais inférteis a seguir determinadas estratégias que os ajudam, dia após dia, a lidar um pouco melhor com o problema:



Reconhecer a existência de uma crise:

A infertilidade é um problema não só difícil de enfrentar, como também, e sobretudo, de solucionar. Perante isto, o casal não deve negar a crise que vive, mas antes encontrar nisso uma fonte de força e coragem. Só através de trabalho de equipa (mulher e homem juntos) é possível superar o problema da infertilidade.



Evitar sentimentos de culpa:

O espírito de culpabilidade deve ser evitado a todo o custo, na medida em que é altamente destrutivo. De nada vale à mulher ou ao homem pensar naquilo que poderia ou deveria ter feito. O pensamento deve ser direccionado para o presente e futuro e não para o passado. Para lidar com um problema desta envergadura, há que olhar para a frente e não para trás. Informar-se o melhor possível: Antes de mais, o casal tem de tentar manter-se actualizado em relação às novidades que vão surgindo no contexto mundial acerca do problema da fertilidade. Por outro lado, não deve ter medo de perguntar seja o que for ao médico especialista que o acompanha, pois só assim pode adquirir as bases que lhe permite fazer as escolhas mais acertadas. É preciso não esquecer que a fertilidade é uma área da medicina em constante evolução e, muitas vezes o caso é ultrapassado.



Estabelecer um limite de tempo para o tratamento:

O tratamento da infertilidade não pode ser prolongado indefinidamente. Chega a um certo ponto que o especialista deve aconselhar o casal a ponderar sobre outras opções, nomeadamente a adopção. O casal, ele próprio, deve ter consciência que o tempo não lhe pertence, pelo que, depois de várias tentativas infrutíferas, o melhor é mesmo seguir em frente a apostar noutras alternativas. Avaliar o impacto financeiro do tratamento O tratamento da infertilidade – qualquer um deles – é bastante dispendioso, afectando significativamente as finanças do casal. O ideal é definir um plano de quanto é que se pode gastar e em quê. Isto tendo sempre em atenção que no tratamento da infertilidade as estimativas orçamentais são facilmente ultrapassadas.



Ser optimista, mas sem cair na utopia:

É preciso uma grande dose de optimismo para o casal enfrentar o tratamento da infertilidade. No entanto, há que permanecer realista, por forma a prevenir decepções de maior. Ser realista, sem deixar o optimismo de parte, é uma das melhores armas que o casal pode utilizar para ultrapassar o problema.



Colocar o problema em perspectiva:

Para que o tratamento da fertilidade não se transforme na razão de viver do casal, será aconselhável fazer um esforço para manter algumas rotinas diárias (actividades culturais, exercício físico, compras, etc) ou descobrir novas actividades, que ajudarão a criar alguma distância do problema e a colocá-lo em perspectiva. "



Texto retirado daqui

2 comentários:

Gabriela disse...

Conseguir a realização do sonho, ter um filho, é tudo isso e muito mais, pois esses textos não abordam o sofrimento causado pelos outros... sim, porque há quem pense que um casal infértil é incapaz, menos completo, anormal, merecedor de piedade e facilmente destornado! Enganam-se!
Somos mães e pais desde o momento em que desejamos o NOSSO filho, somos "colos vazios" que, com perseverança, fé e espírito de equipa, vencem a dolorosa batalha contra a infertilidade.
Ninguém tem culpa, porém, muitas vezes, é de fora para dentro que vem essa culpabilidade, não somos réus, somos vítimas.
Ao longo de 10 anos, sofri a dor de desejar um filho com toda a minha força e sofri com a atitude alheia ignorante e discriminatória.
Cada tratamento era uma "força de viver", mesmo contra a vontade da psicóloga, não investi no mestrado, na adopção, investi na minha luta e venci-a.
Tenho o meu tesouro e, agora sim, sou uma profissional mais competente, procuro estar actualizada, vou fazer o mestrado e começo este mês um curso de Espanhol.
Sou feliz!
Desculpem o desabafo.
Bjs

Clara disse...

Agradeço o desabafo/opinião Gabriela!

Gostava era de saber a tua história para publicá-la aqui neste cantinho, na minha rúbrica.

Vou passar no teu blog ;)