
Para quem tem dependentes ou ascendentes com deficiência, a dedução à colecta, no IRS, subirá de 1 para 1,5 salários mínimos (de 400 para 600 euros) e os encargos com lares também serão dedutíveis, a 25%; se o próprio sujeito passivo for portador de deficiência, a dedução subirá de 3 para 3,5 salários mínimos (para 1400 euros). O aumento do apoio a pessoas com deficiência contrasta com as medidas do ano passado, que uniformizaram o valor das deduções por parte de pessoas com deficiência, independentemente dos seus rendimentos declarados.
As famílias separadas de facto, contudo, sairão prejudicadas, já que baixou o valor que poderão deduzir por cada filho. Se até agora, cada um dos progenitores separado de facto podia deduzir 55% do salário mínimo por cada dependente, agora essa percentagem baixa para 40%.
Também os incentivos às empresas, em sede de IRC, que apoiem a construção e manutenção de creches, jardins de infância e lactários serão reforçados. A partir de Janeiro, os montantes assim despendidos passarão a ser considerados em 140% como custo fiscal.
Povoar o Interior do país
Para combater a desertificação do Interior, será reforçada a discriminação positiva. As empresas já existentes verão a taxa de IRC baixar ainda mais (já estava nos 20%, quando para o resto das firmas é de 25%) e as que se instalem de novo serão sujeitas a apenas 10%, durante os primeiros cinco anos.
Um outro alvo das atenções do Governo é a reabilitação urbana, que não tem o dinamismo esperado depois da publicação da nova lei das rendas. Entre o pacote de medidas está a redução a 5% da taxa de IVA nas obras de reabilitação urbana, uma medida destinada a impulsionar o mercado de arrendamento. Os imóveis abrangidos poderão ficar isentos (total ou parcialmente) de Imposto Municipal sobre Imóveis, até dez anos. Ainda, os rendimentos obtidos por fundos de investimento imobiliário ficarão isentos de IRC, desde que reabilitem 75% dos seus imóveis.
Em matéria ambiental, a carga fiscal sobre biocombustíveis substitutos da gasolina será aligeirada. O Orçamento propõe uma isenção de entre 400 e 420 euros por cada mil litros deste combustível. Ainda, as famílias que produzam electricidade não terão que pagar IRS sobre a receita das vendas.
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