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quinta-feira, outubro 04, 2007

Estado poderá vir a comparticipar vacina

A inclusão da vacina contra o cancro do colo do útero no Plano Nacional de Vacinação (PNV) está a ser estudada pelo Governo. No entanto, de acordo com uma notícia divulgada ontem pela Antena 1, a comparticipação já foi considerada nas contas do Serviço Nacional de Saúde para o Orçamento de Estado de 2008. Tudo aponta para que não ultrapasse o 40% de comparticipação, o que custará ao Estado entre 15 e 75 milhões de euros.

A vacina é tomada em três doses injectáveis e, em Portugal, cada uma delas tem um custo de 160,45 euros, perfazendo um total de 481,35 euros, que com a comparticipação de 40% diminuirá o preço em cerca de 200 euros. A vacina, de nome Gardasil,é 100% eficaz contra o Vírus do Papiloma Humano (HPV), responsável por mais de 75% dos cancros do colo do útero. A principal forma de transmissão do HPV é por via sexual, devendo a vacina ser idealmente ministrada na pré-puberdade, entre os 9 e os 15 anos. No entanto, esta demonstra ser eficaz até aos 26 anos de idade.

A suposta comparticipação de 40% mereceu já um comentário por parte de "Os Verdes", que haviam já proposto, em Abril, um projecto na mesma matéria, afirmando que 40% é ainda insuficiente já que "significa ainda um peso grande para a aquisição da vacina". A proposta do CDS, apresentada anteontem, recomendava que a comparticipação faseada nunca deveria ser inferior ao escalão C, os tais 40%.

Nove países europeus - Áustria, Alemanha, Itália, França, Noruega, Luxemburgo, Bélgica, Suíça e Reino Unido - já recomendaram a vacinação universal contra o HPV em raparigas pré-adolescentes. A Alemanha comparticipa na totalidade a vacinação, enquanto que a França e a Bélgica comparticipam em 65%, dependendo dos escalões do plano de saúde de cada país. Isaura Costa




03/10/07

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