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terça-feira, outubro 09, 2007

Teste indica problema de fertilidade em casal

Dispositivo caseiro mede a concentração de espermatozóides móveis. Novidade também avalia a qualidade dos óvulos; precisão é de 95%.

Já está à venda nos Estados Unidos e em alguns países europeus, sob o nome comercial de Fertell, o primeiro teste caseiro de fertilidade para casais. Desenvolvido pela Universidade de Birmingham, no Reino Unido, ele avalia a concentração de espermatozóides e a qualidade de óvulos com uma precisão de 95%.

No caso dos homens, o dispositivo avalia em pouco mais de uma hora a concentração de espermatozóides ativos capazes de nadar com sucesso até o óvulo, para fecundá-lo. Já o teste feminino, nada mais é do que um medidor de urina, muito parecido com os testes caseiros de gravidez, que indica o nível do hormônio estimulador de folículos (FSH), no terceiro dia do ciclo menstrual. O resultado, pronto em meia hora, revela a qualidade dos óvulos.

Segundo os pesquisadores, uma das intenções do dispositivo é acabar com o constrangimento dos homens que se submetem a exames em laboratórios. “Muitas vezes, as mulheres passam por todo o processo de testes, e os homens sequer fazem análise de sêmen”, alertou Harry Fisch, diretor do Centro de Reprodução Masculina no New York-Presbyterian, em entrevista ao jornal "The New York Times".

A empresa Genosis, responsável pela fabricação do produto, ressalta em seu site que o Fertell, embora filtre os principais problemas de infertilidade, não capta todas as dificuldades relacionadas a ela. Deste modo, recomenda que os casais com resultados positivos e que não obtiverem êxito depois de alguns meses de tentativa procurem um especialista.

Aprovado pela FDA (agência que regula fármacos e alimentos nos EUA) e elogiado pelos especialistas, o teste, que não tem previsão de lançamento no Brasil, está sendo vendido por cerca de 100 dólares.

Infertilidade
Segundo estatísticas mundiais, cerca de 20% dos casais em idade fértil enfrentam dificuldades para gerar filhos. No entanto, ao contrário do que se acreditava no passado, a infertilidade não é um problema exclusivamente feminino. De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), nos Estados Unidos, o problema atinge homens e mulheres na mesma proporção: 40%. Já em 20% dos casos, a dificuldade é de ambos.

Quando procurar um especialista
Geralmente, recomenda-se que o casal procure um especialista após 12 meses de tentativa. No entanto, mulheres com mais de 35 anos não devem esperar tanto tempo, já que, ao contrário dos homens, que produzem novos espermatozóides até o final da vida, a qualidade dos óvulos da mulher diminui com o passar do tempo. “Muitas vezes se confunde produtividade com qualidade, mas os óvulos envelhecem”, explica o especialista em reprodução humana Roger Abdelmassih.

A mesma recomendação serve para aqueles que apresentam condições que predispõem a infertilidade, tais como: endometriose, ciclos menstruais irregulares, reserva diminuída de óvulos, síndrome de ovários policísticos, cirurgias ovarianas e tubárias anteriores ou alterações importantes no espermograma.

Tratamentos
Graças ao casamento perfeito entre a ousadia dos cientistas e a perseverança dos pais, dispostos a tudo por um bebê, a ciência já é capaz de vencer a batalha em nove de cada dez casos de infertilidade. Hoje, mulheres podem engravidar depois da menopausa, congelar seus óvulos, e a falta de espermatozóides deixou de ser impedimento à paternidade.

In G1

2 comentários:

Cláudia Braz disse...

não sabia que havia um aparelho assim!!!

PM disse...

Nem eu!!!