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segunda-feira, novembro 12, 2007

Associação Portuguesa de Infertilidade satisfeita com alteração da lei

No debate do Orçamento de Estado para 2008 José Sócrates falou de novas medidas para combater a infertilidade. Porém as dúvidas mantêm-se.
A Procriação Medicamente Assistida (PMA) vai ter uma comparticipação de 56 por cento no Serviço Nacional de Saúde(SNS), ficando os restantes 44 por cento dos casais. A Associação Portuguesa de Infertilidade congratulou-se com as medidas anunciadas pelo Governo mas pretende mais explicações, nomeadamente, sobre as definições usadas acerca de tratamentos. As alterações foram afirmadas pelo primeiro-ministro José Sócrates, no primeiro debate do Orçamento de Estado para 2008, na Assembleia da República. “Pela primeira vez, o SNS assegurará o financiamento a 100 por cento da primeira linha de tratamentos e do primeiro ciclo da segunda linha de tratamentos”, declarou Sócrates. Na conferência de imprensa, o Ministro da Saúde, Correia de Campos, afirmou que, a partir do próximo ano, vai permitir-se o recurso a unidades privadas e não apenas a hospitais públicos, onde “há fortes filas de espera”, como reconheceu. No total, segundo cálculos do ministro, serão gastos neste programa, no próximo ano, 42 milhões de euros, podendo esse valor subir aos 52 milhões de euros em 2009. Para a presidente da API, Claudia Vieira, trata-se de “um avanço” no apoio a casais inferteis, que neste momento representam um em cada sete em Portugal. Em declarações à Agência Lusa, a dirigente sublinhou a necessidade de se precisar a referência a um tratamento de primeira linha que poderá representar a toma de medicamentos para a regularização dos ciclos mestruais ou à estimulação ovária e se os tratamentos de segunda linha são as técnicas laboratoriais como a fertilização in vitro ou inseminação artificial.

Dúvidas por esclarecer
“Mas ficam muitas dúvidas. Será que esses apoios financeiros vão abranger as unidades privadas e as seguradoras? Queremos perceber se será contemplada a hipótese de encaminhar casais do sector público para o privado porque isso iria diminuir as listas de espera”, argumentou a dirigente, lembrando que, em alguns casos, os casais esperam um ano pela primeira consulta e o mesmo período para iniciar o tratamento. Claudia Vieira recordou ainda que existem dez hospitais públicos a realizar técnicas de procriação medicamente assistida, não existindo, porém, qualquer destas unidades a Sul de Lisboa ou nas Regiões Autónomas. As estimativas apontam para 10 a 15 por cento de casais inférteis em idade de reprodução nos países ocidentais


1 comentário:

Clara disse...

Muito já foi feito e muito falta ainda fazer!

A ver se sai finalmente no Diário da República todos os pontos e vírgulas de forma a que a malta tire as dúvidas do que realmente vai ser possível fazer. A API certamente há-de explicar tudo por miúdos.