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sábado, janeiro 12, 2008

Dar abanões a crianças pode causar-lhes a morte

Movimentos bruscos podem quebrar fibras nervosas no cérebroUma em cada três crianças sujeitas a fortes abanões acaba por morrer e outra sobrevive com paralisia, cegueira ou deficiência mental. Admite-se que as restantes possam vir a sofrer de problemas como a hiperactividade. O aviso é lançado por investigadores noruegueses, que estudaram os danos cerebrais causados a bebés por esses movimentos bruscos inflingidos num quadro de violência familiar ou até mesmo de brincadeira.

No Instituto de Medicina Legal da Universidade de Oslo, alguns cientistas estudaram o traumatismo provocado em bebés quando eles são violentamente abanados, o que pode ocorrer por maus tratos ou brincadeiras mal escolhidas. Eles recorreram a um protótipo (um boneco) para verificar quais os danos causados no cérebro.

O que a contece é que, estando o cérebro imerso num líquido, um movimento brusco pode quebrar as fibras nervosas que o ligam à espinal medula, ficando, assim, interrompida a circulação sanguínea nessa zona, que fica inchada. Aquele movimento ocorre porque num bebé ainda não estão desenvolvidos os músculos do pescoço. Assim sendo, a cabeça acaba por oscilar como um pêndulo. Também se pode registar sangramento na zona atrás do globo ocular e sob a membrana que protege o cérebro, referem os cientistas.

A pesquisa feita em Oslo servirá para fundamentar queixas contra pais ou cuidadores violentos. A verdade é que muitos dos casos de danos cerebrais têm como indícios também feridas e nódoas negras na testa e nas têmporas. As desculpas recaem sempre sobre uma queda, no banho ou nas escadas. Mas quem fez acompanhamento destas situações, como o cientista Arne Stray-Pedersen , afirma que "se fôssemos acreditar nas explicações dos pais, seria mais perigoso cair da banheira de bebé do que de uma altura de três metros". Nas imagens de ressonância magnética (IRM)e de tomografia axial computorizada (TAC), o cérebro de um bebé maltratado revela pequenos pontos brancos.

Os investigadores do Instituto de Medicina Legal de Oslo têm utilizado nos seus testes um boneco com instrumentos de alta precisão e que é semelhante aos usados para testes de colisão automóvel.
Fonte: JN

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