Como hoje andei a ver este blog fantástico decidi enviar a minha/nossa experiência que culminou com o nascimento da Matilde...
Depois de tomar o Lucrin Depot durante 3 meses seguidos, no dia da Consulta de Maio, no Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia, a Drª. Eduarda disse que a minha Endometriose tinha avançado de uma forma incrível e que assim não havia viabilidade para se avançar para nenhum ttt, pois toda a estimulação que fizesse só poderia ainda ter resultados mais drásticos e fazer com que perdesse de vez qualquer hipótese de continuar a lutar por este sonho.
Ficou então combinado que levaria a minha situação a reunião de equipa e que dois dias depois diria o que havia sido decidido.
Como devem imaginar fiquei com o coração nas mãos e mais uma vez saí do consultório com um vazio tão grande e com uma vontade de desaparecer. No entanto, tive e tenho sempre ao meu lado o meu amor que tem sido uma pedra fundamental e que está sempre presente em todos os momentos, principalmente os mais difíceis.
Os dias até à médica me dizer o que havia sido decidido foram intermináveis; mas eis que me ligam e me mandam estar no hospital na segunda-feira seguinte para fazer uma aspiração ao ovário, pois segundo a opinião generalizada da equipa, essa seria a forma mais viável de podermos tentar outro ttt, outra ISCI.
E, conforme combinado, na 2ª. Feira a Dr.ª. Eduarda estava à minha espera e fez-me a punção do endometrioma que tinha no ovário esquerdo. Logo nessa altura a médica receitou-me o Puregon para começar a estimulação; mas sempre com muitas reservas, pois não saberia se o meu ovário não se iria ressentir e não apareceria outro quisto.
Lá comecei a estimulação e quando fui fazer a 1ª. ecografia, lá estava o srº. quisto para me atormentar a minha cabecita.
Mas a médica falou comigo e disse que se a estimulação continuasse a correr bem o quisto seria novamente aspirado no dia da punção.
E nesse dia saí de lá com uma esperança pequenininha.
Na 2ª. Ecografia a médica achou por bem introduzir o Luveris juntamente com o Puregon e, por isso, lá vim eu direitinha à farmácia para deixar lá uns valentes €€€.
Na 3ª. Ecografia foi constatado que apesar do quisto continuar a crescer, o endométrio estava muito bem e que com a quantidade de folículos poderia perfeitamente fazer a punção na 2ª. Feira a seguir.
E assim foi, sem os nervos da primeira, chegamos lá bem cedo e como sou diabética fui logo a primeira a ser chamada. Depois de uma breve conversa com o anestesista e com a Dr.ª. Helena, sei que adormeci e quando acordei já tudo tinha passado.
A Dr.ª. veio à minha beira, disse-me que me tinham sido aspirados os quistos dos dois ovários, que eu já tenho a Endometriose no Grau V, ou seja, neste momento estou com uma Endometriose Severa e que me tinham puncionado 11 folículos.
Dado a situação a médica até estava bastante satisfeita com o resultado.
No dia a seguir liguei para a bióloga que me disse que dos 11 tinham fecundado 9, mas mandou-me ligar na 4ª. para ver como estavam as coisas a evoluir. As notícias que ia tendo das conversas com a bióloga eram boas e, por isso, no dia 08 de Junho lá fui eu fazer a transferência.
Depois de uma grande espera, pois nesse dia o serviço estava "entupido" com tanto trabalho, eis que sou chamada e me deparo novamente com a Dr.ª. Helena, que para mim é das médicas mais amorosas que eu conheci, e me disse que estava tudo bem e que esperava que daí a 15 dias me pudesse dar uma boa notícia.
Os 15 dias seguintes foram vividos com alguma ansiedade e no sábado antes da análise o chão parece que me ruiu de baixo dos pés.
Quando fui à casa de banho parece que comecei a ver uns resíduos rosados e pensei: Lá vamos nós passar por esta angústia outra vez. Foi um verdadeiro pesadelo. Acho que nunca vi o meu marido tão em baixo, ele que é um lutador por natureza, perdeu ali todas as forças. Mas depois durante o dia isso não se voltou a repetir e a solução foi esperar até 3ª. Feira.
Nesse dia eram 8 horas já estávamos no hospital para fazer a análise. Quando a enfermeira Susana me ligou a dar o resultado parece que nem tive reacção. Só me lembro de perguntar: - Mas foi mesmo positivo? O meu marido ficou com um brilhozinho nos olhos, que eu nunca tinha visto. Ficou radiante. Eu fiquei sem fala e com as pernas literalmente a tremer.
E agora vivemos um dia de cada vez da melhor nossa gravidez. Com alguns medos de não conseguir levar este estado de graça até ao fim, mas o que tiver de ser, será...
E apesar de todos os contratempos de viver uma gravidez de risco no dia 06 de Fevereiro de 2008, pelas 17h30m, nasceu a Matildinha, o nosso raiozinho de luz. Acreditem sempre que um dia conseguimos vencer e alcançar o nosso maior Sonho... Sermos Pais.
Depois de tomar o Lucrin Depot durante 3 meses seguidos, no dia da Consulta de Maio, no Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia, a Drª. Eduarda disse que a minha Endometriose tinha avançado de uma forma incrível e que assim não havia viabilidade para se avançar para nenhum ttt, pois toda a estimulação que fizesse só poderia ainda ter resultados mais drásticos e fazer com que perdesse de vez qualquer hipótese de continuar a lutar por este sonho.
Ficou então combinado que levaria a minha situação a reunião de equipa e que dois dias depois diria o que havia sido decidido.
Como devem imaginar fiquei com o coração nas mãos e mais uma vez saí do consultório com um vazio tão grande e com uma vontade de desaparecer. No entanto, tive e tenho sempre ao meu lado o meu amor que tem sido uma pedra fundamental e que está sempre presente em todos os momentos, principalmente os mais difíceis.
Os dias até à médica me dizer o que havia sido decidido foram intermináveis; mas eis que me ligam e me mandam estar no hospital na segunda-feira seguinte para fazer uma aspiração ao ovário, pois segundo a opinião generalizada da equipa, essa seria a forma mais viável de podermos tentar outro ttt, outra ISCI.
E, conforme combinado, na 2ª. Feira a Dr.ª. Eduarda estava à minha espera e fez-me a punção do endometrioma que tinha no ovário esquerdo. Logo nessa altura a médica receitou-me o Puregon para começar a estimulação; mas sempre com muitas reservas, pois não saberia se o meu ovário não se iria ressentir e não apareceria outro quisto.
Lá comecei a estimulação e quando fui fazer a 1ª. ecografia, lá estava o srº. quisto para me atormentar a minha cabecita.
Mas a médica falou comigo e disse que se a estimulação continuasse a correr bem o quisto seria novamente aspirado no dia da punção.
E nesse dia saí de lá com uma esperança pequenininha.
Na 2ª. Ecografia a médica achou por bem introduzir o Luveris juntamente com o Puregon e, por isso, lá vim eu direitinha à farmácia para deixar lá uns valentes €€€.
Na 3ª. Ecografia foi constatado que apesar do quisto continuar a crescer, o endométrio estava muito bem e que com a quantidade de folículos poderia perfeitamente fazer a punção na 2ª. Feira a seguir.
E assim foi, sem os nervos da primeira, chegamos lá bem cedo e como sou diabética fui logo a primeira a ser chamada. Depois de uma breve conversa com o anestesista e com a Dr.ª. Helena, sei que adormeci e quando acordei já tudo tinha passado.
A Dr.ª. veio à minha beira, disse-me que me tinham sido aspirados os quistos dos dois ovários, que eu já tenho a Endometriose no Grau V, ou seja, neste momento estou com uma Endometriose Severa e que me tinham puncionado 11 folículos.
Dado a situação a médica até estava bastante satisfeita com o resultado.
No dia a seguir liguei para a bióloga que me disse que dos 11 tinham fecundado 9, mas mandou-me ligar na 4ª. para ver como estavam as coisas a evoluir. As notícias que ia tendo das conversas com a bióloga eram boas e, por isso, no dia 08 de Junho lá fui eu fazer a transferência.
Depois de uma grande espera, pois nesse dia o serviço estava "entupido" com tanto trabalho, eis que sou chamada e me deparo novamente com a Dr.ª. Helena, que para mim é das médicas mais amorosas que eu conheci, e me disse que estava tudo bem e que esperava que daí a 15 dias me pudesse dar uma boa notícia.
Os 15 dias seguintes foram vividos com alguma ansiedade e no sábado antes da análise o chão parece que me ruiu de baixo dos pés.
Quando fui à casa de banho parece que comecei a ver uns resíduos rosados e pensei: Lá vamos nós passar por esta angústia outra vez. Foi um verdadeiro pesadelo. Acho que nunca vi o meu marido tão em baixo, ele que é um lutador por natureza, perdeu ali todas as forças. Mas depois durante o dia isso não se voltou a repetir e a solução foi esperar até 3ª. Feira.
Nesse dia eram 8 horas já estávamos no hospital para fazer a análise. Quando a enfermeira Susana me ligou a dar o resultado parece que nem tive reacção. Só me lembro de perguntar: - Mas foi mesmo positivo? O meu marido ficou com um brilhozinho nos olhos, que eu nunca tinha visto. Ficou radiante. Eu fiquei sem fala e com as pernas literalmente a tremer.
E agora vivemos um dia de cada vez da melhor nossa gravidez. Com alguns medos de não conseguir levar este estado de graça até ao fim, mas o que tiver de ser, será...
E apesar de todos os contratempos de viver uma gravidez de risco no dia 06 de Fevereiro de 2008, pelas 17h30m, nasceu a Matildinha, o nosso raiozinho de luz. Acreditem sempre que um dia conseguimos vencer e alcançar o nosso maior Sonho... Sermos Pais.
Carla, obrigada pela tua partilha. As maiores felicidades para a tua família.
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