Os tempos mudaram e a prova disso é que a paternidade assume um papel cada vez mais activo e assumidamente mais importante na sociedade. O homem deixou de ser apenas o sustento da família, passando a ocupar-se de tarefas directamente relacionadas com a casa e com o recém-nascido. Incluindo a mudança das fraldas.
Ser pai deve ser um dos momentos mais excitantes na vida de um homem. No entanto, as suas emoções tendem a ser subestimadas não só pela companheira (também ela a braços com uma infinidade de sentimentos), como pelos restantes familiares.
Trata-se de uma situação, no mínimo, injusta. Embora a experiência de ter um filho seja vivida internamente pela mulher e externamente pelo homem, este não deve ser encarado como um mero observador (“outsider”) em todo o processo da gravidez.
O apoio do homem é vital para o equilíbrio emocional da mulher que, em retribuição, também deve tentar compreender os sentimentos do companheiro que, se de início estão relacionados com a alegria e excitação, ao longo da gravidez tendem a ganhar a forma de receios e preocupações.
Neste âmbito, uma das maiores dores de cabeça do homem prende-se com os encargos financeiros inerentes ao crescimento da família. Apesar dos tempos serem outros, o homem continua a sentir a obrigação de contribuir mais afincadamente para o sustento da casa. Com a chegada de um novo elemento, essa contribuição ganha um novo peso, sobretudo se a mulher decidir deixar o emprego para cuidar do bebé.
Aquilo que o homem deve tentar fazer é evitar preocupar-se demasiado e tentar desfrutar ao máximo a experiência da paternidade que, ao contrário do que dizem as más-línguas, em nada fica atrás da maternidade.
Os laços entre pai e bebé
A relação entre o casal
Nem sempre é fácil para o homem compreender as alterações de humor da companheira grávida de cinco meses. Nem a sua irritabilidade ou choro compulsivo e sem motivo aparente. Pode não compreender, mas convém estar prevenido. O homem deve começar quanto antes a ler sobre a gravidez e a maternidade. Desta forma, aprende a identificar as alterações físicas e emocionais por que passam as mulheres que esperam um filho. Feita esta aprendizagem inicial, o homem deve esforçar-se por compensar a companheira, aliviando-a na realização das tarefas domésticas – lavar a louça, limpar o pó, arrumar a roupa – e prestando-lhe todo o apoio moral necessário. Dialogar. O casal deve esforçar-se por conversar acerca de todos os aspectos susceptíveis de criar mal-entendidos entre ambos, tanto na fase pré como no período pós-nascimento. Ter um filho, entendida como uma decisão planeada em conjunto, deve servir para fortalecer os laços que unem os cônjuges e não para deteriorá-los. Para tal, é preciso que tanto a mulher como o homem se comprometam a fazer do nascimento do filho a fase mais bonita das suas vidas. E isso não é nada complicado.
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