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quinta-feira, outubro 11, 2007

Epidural: quem dispensa?

Poucas mulheres dizem não à epidural. Quem já experimentou, não tem dúvidas. Como que por magia, a dor desaparece.

A analgesia epidural é uma técnica anestésica que elimina as dores do parto sem afectar a mobilidade da grávida. Ou seja, não impede que ela faça força para o bebé sair.
O segredo reside em aplicar uma substância anestésica onde ela é realmente necessária: nas terminações nervosas responsáveis pela dor.
Neste caso, nas raízes nervosas a nível da coluna, responsáveis pela sensibilidade no abdómen.
A mensagem da dor viaja do útero em contracções até ao cérebro, através da coluna vertebral.
O objectivo da analgesia epidural é interromper essa trajectória e impedir que aquela mensagem chegue ao cérebro.
A ciência e a arte do anestesista consistem em aplicar a menor dose possível de anestésico para uma eficácia máxima.
Ou seja, é preciso acabar com a dor, mas manter a mobilidade da grávida.
Um anestesista experiente sabe bem como conseguir este feito. É a arte de eliminar apenas a dor.
O objectivo não é a ausência total de sensação, só a sensibilidade dolorosa é que deve desaparecer.
A epidural tem vindo a ganhar popularidade e hoje já são poucas as mulheres que a recusam por completo.
Com a analgesia epidural, asseguram os especialistas em Anestesiologia, consegue-se um parto mais tranquilo, sem dor e com menos repercussões para o feto.
A solicitação da parturiente é justificação suficiente para a intervenção do anestesista desde que haja condições e nem mesmo quando o parto está iminente o médico deve recusar fazer qualquer coisa para diminuir a dor.

Quando?
A partir de uma dilatação entre 3 a 4 centímetros procede-se à administração da analgesia epidural. Esta anestesia demora cerca de 20 minutos a fazer efeito.
Por isso, se a dilatação começar a avançar rapidamente, pode não haver tempo para administrá-la.

Termo de responsabilidade
Para que se dê início à analgesia por via epidural, é obrigatória a obtenção do consentimento informado da parturiente, a discussão com o obstetra sobre o status materno e fetal e a existência de meios imediatamente disponíveis, como equipamento de ressuscitação e fármacos, para resolução de eventuais complicações que possam ocorrer.
O período de cuidados pós-analgesia ou pós-anestesia deverá contar com a disponibilidade de um anestesista, para a eventualidade de necessidade de tratamento de complicações ou de ressuscitação cardiopulmonar.

Riscos
A epidural é uma técnica invasiva e como tal tem riscos.
Mas felizmente, são poucos os casos em que as coisas correm mal.
As consequências mais frequentes da epidural estão relacionadas com imprecisões na perfuração, o que pode acontecer porque a mulher se mexe, por exemplo.
Isto pode provocar fortes dores de cabeça e cefaleias que, no entanto, acabam por desaparecer ao fim de alguns dias.
Existem igualmente riscos de complicações neurológicas, embora estas sejam bastante raras.
Os défices neurológicos permanentes é o grande medo das mulheres e podem acontecer uma vez em cada 20 mil epidurais, e os défices neurológicos temporários que duram no máximo seis meses podem ocorrer uma em cada 800 analgesias epidurais.
Se está grávida, não deixe para o fim o esclarecimento de todas as dúvidas relacionadas com a epidural.
Fale com o seu obstetra e com o anestesista que a vai acompanhar no parto.
Desfaça os mitos e informe-se.
A informação é, seguramente, a sua melhor arma contra o medo da dor.

Contra-indicações da epidural
- Recusa ou incapacidade colaboração da parturiente
- Coagulopatia
- Infecção local ou sistémica
- Hipertensão intracraniana
- Choque ou hipovolémia grave



5 comentários:

Mara_Q disse...

Obrigada por esta informação que para mim é preciosa, uma vez que sou das indecisas! Ainda não sei se estou convencida... mas a seu tempo logo tomarei uma decisão: sim ou não à epidural.
Um beijinho!
Mara

Gaiatas disse...

Eu bem que dizia que nunca a ia levar, mas numa cirurgia levei-a e espero NUNCA mais a levar..
A dor num parto é bem sup0rtável.

bJ*

Rj disse...

No parto da Carolina não levei e neste também não quero levar. Se não houver complicações sei bem que sou capaz de parir sem ajuda de analgésicos.

Raquel disse...

Eu ñ levei no parto da Diana e foi muito melhor.

As dores custam, mas depois do bebé cá fora, sentimo-nos muito melhor do que se levarmos epidural (coisa que me aconteceu no 1º parto).

Tareca disse...

levei no parto da Carmo. foi o 1o filho q tive, foi a 1a vez de muita coisa (pontos...estadia hospitalar...) e infelizmente correu mal. para alem de ter levado muitas horas p fazer a dilataco (ja nao aguentava mais...foi quase de um dia p outro...acho que merecia uma cesariana) reagi mal a epidural, tendo feito febre muito repentinamente. Nao me valeu de nada. Mas deu p experimentar que realmente alivia...nao ha dores nesse periodo de tempo...mas nao pude levar mais doses, e inclusive a que levei foi inibida com qq coisa que puseram no soro... Para alem de ter tido um parto muito doloroso e cansativo, ainda me provocou prisao no que toca a urina, pelo que tive e ser algaliada...simplesmente nao conseguia urinar! Agora que estou gravida outra vez, e o Ze Maria esta previsto para Agosto...pergunto me...devo voltar a pedir epidural? E se estou a contar com a dita e depois reajo mal outra vez??