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segunda-feira, fevereiro 25, 2008

Terapias não-convencionais I



Adepta ou não, não perde nada em ler sobre as técnicas que, milenares ou recentes, fazem furor em todo o mundo. Surpreenda-se!

DURANTE A GRAVIDEZ:

Haptonomia

É a ciência das interacções e das relações afectivas humanas, também conhecida pela ciência do toque afectivo. Foi nos anos 60 na Bélgica que Frans Veldman, começou as primeiras formações em Haptonomia.

A haptonomia provem da conjunção dos termos gregos clássicos “hapsis” que significa tacto, sentido, sentimento, e “nomos” que significa a lei, a regra, a norma.

Esta disciplina propõe que a mãe e o pai entrem em contacto com o seu bebé através do toque afectivo, reforçando a sua existência para que este possa adquirir um estado de segurança básico para assim desenvolver a sua identidade e autenticidade. É mais do que um simples método de preparação para o parto, e uma preparação para a parentalidade.

Muito cedo na gravidez, o feto percebe a relação íntima e afectiva entre os seus pais pela mão do seu pai posta sobre o ventre da sua mãe. Sente-se amado e desejado respondendo a essa afectividade.

No dia do parto, o pai, através do seu “tocar haptonómico” com a mãe, acompanha e guia a criança “a deixar-se nascer”. O pai está muito presente, instalado tanto quanto possível atrás da sua mulher para juntos poderem acolher com ternura a sua criança.

O ideal é que as sessões comecem por volta do quarto mês de gestação, mas podem começar até ao sexto mês, desde que haja tempo para a realização de um mínimo de oito encontros. O acompanhamento desenrola-se durante a gravidez e prossegue durante o primeiro ano de vida, ajudando no desenvolvimento da criança.

Beneficios da haptonomia



  • Os bebés são mais seguros e autónomos, apresentam um desenvolvimento psicomotor precoce.

  • São mais tranquilos, alegres, afectuosos e socializam-se mais facilmente.

  • Dormem uma noite inteira antes das três semanas de vida, sustêm a cabeça muito cedo e conseguem manter-se sentados e em pé, sem apoio antes dos sete meses.

  • Pronunciam as primeiras sílaba significativamente antes do que é habitual.


Os efeitos não se restringem apenas nos primeiros tempos de vida, já que a haptonomia têm um “enorme valor preventivo” (Jaime Robert, 2005).

Yoga pré-natal

O Yoga é uma filosofia de vida, conhecida e difundida por todo o mundo e é advinda da Índia. Utiliza um conjunto de técnicas que visam unificar o ser e desenvolver as suas potencialidades a todos os níveis: físico, psíquico, espiritual e energético.

A postura, respiração, concentração e meditação proporciona à grávida tonificar a musculatura, encontrar concentração e o equilíbrio psíquico e aliviar tensões para favorecer o bem-estar tanto para a mãe como para o feto.

Estudos apontam que esta técnica é útil para reverter quadros difíceis como hipertensão, prematuridade, bebés pélvicos, problemas de coluna, etc.

Ajuda também na oxigenação da mãe e do bebé, ensinando práticas correctas para respirar e ter ao longo dos nove meses, uma musculatura abdominal e perineal macia e tonificada, para sustentar o peso do bebé.

É importante porque a grávida coloca o seu bebé no mundo com todos os aspectos e não somente com o seu ventre.

A prática do yoga ajuda a futura mãe a fazer face aos desafios e às transformações que se apresentam durante a gravidez e abordar o parto com determinação, confiança e calma.

Musicoterapia

O bebé sendo um “ser ultra-sensível” às trocas com os seus pais é também influenciado pela música, ele sente e responde através da respiração, movimentos da cabeça, tronco e olhos, gestos, e expressões faciais. Através da música e da voz que ouve fortalece-se a relação mãe-filho, além de contribuir para o desenvolvimento das ondas cerebrais e do sistema nervoso do bebé.

A musicoterapia traz também benefícios a curto prazo pois possibilita a melhoria na alimentação e no sono e a diminuição do choro. A longo prazo porque a música estimula o cérebro melhorando as formas de pensamento.

A voz da mãe representa a continuidade da vida intra-uterina e entoada é mais eficaz que o próprio rosto para acalmar o bebé. Contudo o bebé não é apenas um receptor, ele responde ao estímulo da mãe, e essa resposta depende do estilo de música a que esteve exposto durante a vida intra-uterina. Esse factor está relacionado com os gostos e culturas dos seus pais, com a chamada “história sonoro-musical” da qual fazem parte por exemplo as canções de embalar características de cada país ou cultura.

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