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domingo, janeiro 04, 2009

Tosses e Ranhos


Estamos em plena época de ranhos, tosses, espirros, dores de garganta. As crianças são as mais afectadas. Deixamos-lhe um manual prático, para saber como lidar com as infecções respiratórias do seu filho.

Há estudos que indicam que, nas cidades, uma criança com menos de dois anos tem oito a nove infecções respiratórias por ano. Calcula-se que estas situações sejam responsáveis por cerca de 40 por cento das consultas de pediatria. A poluição, a frequência de creches, em que as crianças permanecem fechadas dias inteiros sem que as salas sejam arejadas, são alguns factores que fazem aumentar a incidência de viroses e infecções bacterianas na árvores respiratória dos mais pequenos.

Se há situações em que é imprescindível contactar o médico, na maior parte dos casos os pais podem controlar os sintomas em casa, sem recorrer a ajuda especializada.


O que fazer perante os seguintes sintomas:

Febre
A febre é um mecanismo natural do organismo para combater um «ataque» de vírus ou bactérias. Se a baixarmos assim que começa a subir estamos a desperdiçar um aliado no combate à doença. Por isso, deve baixar a febre apenas quando chegar aos 39º ou antes se criança estiver prostrada.
Para baixar a febre, use paracetamol e siga as indicações de posologia da embalagem. Nunca exceda as doses, pois pode dar origem a intoxicações hepáticas. Nenhum medicamento é inócuo.

Ranho
Assoar a criança frequentemente e limpar o nariz com soro fisiológico ou com um spray de água do mar, para fluidificar as secreções. Medidas que devem fazer parte, de resto, da higiene diária (excepto o spray de água do mar que não deve usar-se por rotina, mas apenas em situações pontuais de obstrução)

Tosse
Tal como a febre, a tosse também é uma forma de o organismo se defender, ou seja, está a expulsar secreções que, de outra forma, podem tornar-se prejudiciais. Por isso, nunca deve administrar xaropes para a tosse sem indicação médica. Se o fizer pode estar a agravar o problema.
Para ajudar a tosse, o melhor é fluifidicar as secreções, através de aerossois só com soro, se tiver o aparelho, ou simplesmente fazendo «vapores quentes» na casa de banho. Atenção: a aerossolterapia não deve ser usada de forma rotineira, sempre que a criança tosse. Fale com o médico sobre quando deve usar, até porque casos de alergias em que não é recomendável esta prática.
Mas a tosse também pode ser provocada por alergias - a tosse seca e irritativa, sem secreções. Neste caso, só o médico pode avaliar quais as melhores medidas a tomar.

Para prevenir:
  • Ensine desde cedo o seu filho a assoar-se e a não fungar. Este deve ser um hábito regular, mesmo que não esteja doente. Crianças muito pequenas podem e devem aprender a expelir as secreções nasais.

  • Não deixe o seu filho fechado dentro de portas dias inteiros só porque está frio. Crianças saudáveis podem e devem apanhar ar e brincar na rua, desde que bem agasalhadas.

  • Areje a casa.

  • Dispense alcatifas e não tenha o quarto cheio de peluches e almofadas.

Os antibióticos

Os antibióticos não são medicamentos milagrosos para todas as infecções respiratórias e só devem usar-se se for realmente necessário. Tomar antibióticos em excesso faz aumentar as resistências das bactérias.
A maior parte das infecções respiratórias são de origem viral. Podem evoluir para uma infecção bacteriana, mas à partida devem ser tratadas como infecções virais que são.


Situações em que deve contactar o médico ou ligar para o Saúde 24 (808 24 24 24) :
  • febre há mais de três dias
  • febre muito alta e constante
  • falta de ar
  • prostração
  • respiração em esforço
  • tosse muito intensa
  • se o seu filho tem menos de 6 meses, mesmo que os sintomas pareçam ligeiros

Fonte: IOL Mãe

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